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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sistemática e nome científico

Sistemática é a área da Biologia que estuda a diversidade biológica, isto é, os tipos de variações existentes entre os seres vivos. Os principais objetivos da sistemática são a) descrever a diversidade biológica e “batizar” os seres com um nome científico; b) desenvolver critérios para organizar a biodiversidade, agrupando seres vivos de acordo com características marcantes; c) compreender os processos responsáveis pela existência da diversidade biológica.
      Assim como os livros de uma biblioteca estão classificados conforme disciplina, assunto, nível de conhecimento, obedecendo a uma classificação, os seres vivos também são classificados conforme características semelhantes e afins. Além disso, cada ser vivo existente possui um nome padrão que é entendido em qualquer lugar do mundo, sem necessidade de tradução do idioma – o nome científico –.
          A Taxonomia é um sistema sintético que organiza os seres vivos em categorias taxonômicas ou táxons. Está interligada à Sistemática aplicando regras para classificação da biodiversidade. A unidade taxonômica fundamental é a espécie. Entende-se por espécie um conjunto de organismos semelhantes que se cruzam habitualmente na natureza, originando descendentes férteis.
Lineu (1707 - 1778) foi o primeiro cientista a propor um sistema único de classificação. Em sua primeira classificação, ele agrupou todos os animais da seguinte maneira: mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes, insetos e vermes (todos os demais invertebrados). Lineu dividiu cada um desses grupos em espécies, e estabeleceu algumas regras de nomenclatura que até hoje são empregadas.

O nome científico

Um dos grandes méritos de Lineu foi associar à classificação dos seres vivos um sistema bem planejado para lhe dar nomes, ou seja, uma nomenclatura biológica.
 
    a)   Todos os nomes científicos devem ser escritos em latim ou serem "latinizados". O latim é uma língua morta, ou seja, não é falada em nenhum país. Por isso, não é sujeita a mudanças que freqüentemente acontecem nas línguas "vivas". Um nome estabelecido em 1910 deverá permanecer imutável por todo o tempo. Exemplo: Canis familiaris (cão doméstico).
    b)   A nomenclatura é binomial, isto é, cada espécie deve ser conhecida por um nome formado por pelo menos duas palavras. A primeira palavra indica o gênero, e a segunda designa a espécie. A cascavel é conhecida cientificamente por Crotalus terrificus. Seu gênero é Crotalus e a espécie é Crotalus terrificus. Observe que a espécie não é terrificus. Nunca se usa a última palavra isoladamente.
    c)   Etimologicamente, o nome do gênero é um substantivo, e é sempre escrito com a inicial maiúscula. A designação da espécie é um adjetivo, e é iniciada por minúscula. Por exemplo, a lombriga do homem, cujo nome científico é Ascaris lumbricoides.
     d)   Quando, em uma espécie, houver subespécies, essas são indicadas por um terceiro nome que se segue à designação da espécie, e é escrito com inicial em letra minúscula. Por exemplo: Rhea americana alba (o nome da ema branca sul-americana).
     e)   Se houver subgênero, esse será indicado com a inicial em maiúscula, entre parênteses, depois do nome do gênero. O mosquito transmissor da malária, por exemplo, é mosquito-prego, cuja notação científica é Anopheles (Nyssorhincus) darlingii.
      f)   Todo nome científico é escrito de forma a ter destaque em relação ao restante do texto. Para isso, se usa letra em itálico, em negrito ou grifado. Exemplos: Mus musculus, Macaca mulata e Homo sapiens.

   Extraído e adaptado de Amabis e Martho - Biologia dos organismos e site Biomania

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