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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Girinos

Meu novo objeto de pesquisa, que estou trazendo para minha monografia, é a ecologia de girinos. Farei uma breve abordagem sobre eles.

Os anuros [sapos, rãs e pererecas] possuem mais de trinta modos de reprodução diferentes e, dependendo da espécie, podem chegar a por até 50.000 ovos. Tal fato deve-se a condição de que estes animais são vítimas fáceis de predação e alterações ambientais, o que diminue a níveis ínfimos a taxa de sobrevivência. Os ovos não possuem casca e precisam estar na água/ umidade para não ressecarem. As fêmeas podem depositar os ovos diretamente na água ou formar cordões, colocarem em uma espuma especial, por nas folhas próximas à água ou até construirem piscinas especiais.
Nos anuros, o desenvolvimento desde a fecundação até a fase adulta [ontogenético] é dividido em 46 estágios. 

Fig. 2
Girino é o nome dado a forma larval dos anuros. A forma básica que conhecemos [estágio 25] é composta  pela cauda e cabeça. Chamamos este estágio de pré-metamórfico [fig. 2]. Após, formam-se os membros posteriores; o pedículo se alonga e forma o pé; formam-se botões na região anterior do corpo e as patas se desenvolvem internamente no tegumento da placa opercular. O girino atinge o clímax metamórfico [fig. 3] quando os membros estão formados e exteriorizados. Após este evento, começa a regressão da cauda, até desaparecimento por completo [estágio 46].
Fig. 3

Metabolicamente abordando, a tiroxina, hormônio tireoidiano, induz a metamorfose [apoptose das células] mas inibe o crescimento do girino, enquanto o hormônio prolactina [da adenohipófise] acelera o crescimento e bloqueia a metamorfose.
Com relação à alimentação, existem diversas guildas: vegetarianos, carnívoros [que se alimentam, inclusive, de outros girinos], detritívoros e os que se alimentam das reservas do ovo.
 

Alguns aspectos ecológicos/conservacionais de girinos

É proibido por lei o cultivo de girinos de espécies nativas; são bioindicadores ambientais [por estarem em sintonia com a água, ar e terra e terem uma pele com alto poder de absorção].
Em lagoas permanentes... Vivem agrupados e geralmente possuem pigmentação escura, o que revela sabor desagradável que possuem.
Em lagoas temporárias, estão em menor número, se comparado a lagoas permanentes; possuem cores mais claras e têm metamorfose rápida.
Em rios/cachoeiras, as espécies são raras, pois são altamente exigentes quanto a pureza do ambiente [e encontrar rios sem poluição hoje em dia é coisa rara], além de possuírem o aparelho bucal adaptado para grudar e raspar rochas.

Referências

DUELLMAN, Willian D. & TRUEB, Linda. Biology of Amphibians. ISBN: 0-8018-4780-X The Johns Hopkins University Press, Baltimore: Maryland, 1994.
JR-WOEHL, G.; WOEHL, E. N. Anfíbios da Mata Atlântica. Santa Catarina:  Instituto Rã-bugio,  2007.  61p.
MOURA, G. J. B. Apostila de  Herpetologia. Recife. 2011,  87p.
ANDRADE, E. V. E. Aspectos Ecológicos e Caracterização Morfométrica e Biométrica de Formas Larvárias de Anfíbios Anuros em Poça Temporária, Remanescente de Mata Atlântica, NE do Brasil. Universidade Federal de Pernambuco. Monografia de Graduação em Ciências Biológicas – Bacharelado. 87 p, 2007.

Um comentário:

  1. boa postagem gostei do blog visita o meu também http://www.biohd.co.cc/
    você sabe onde posso encontrar os anfíbios mais venenosos?
    valeu fui

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